REPTEIS DA REGIÃO DE LAGO CAHORA BASSA
Crocodilos da Albufeira de Cahora Bassa
1.3.1.Características da subclasse Anapsida1.Estudo dos Répteis1.1.Origem dos répteisOs repteis surgiram no carbonífero, acerca de 300 milhões de anos, a partir dos Antracossauros, isto é, a sua linhagem vem a partir de Antracossauros. (http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/biologia/MARIACELIAPORTELLA/13a-aula--reptilia---parte-1.pdf)De acordo com ORR, diz que os répteis descendem de um grande grupo de vertebrados, que predominaram na era Mesozóica. O sucesso deles tem sido atribuído ao desenvolvimento de um novo método de protecção embrionária.1.2.Características Gerais dos Repteis§ Corpo com grande variedade de formas, compacto em alguns e alongado em outros, coberto por pele seca e cornificada, as vezes com escamas epidérmicas;§ Tegumento com poucas glandulas;§ Tetrapodes: dois pares de extermidades pentadactilas (cinco dedos), ausentes em serpentes e numa especies de lagarto;§ Esqueleto completamente ossificado, presenca de costelas e esterno (caixa toracica), cranio com um condilo occipital;§ Respiracao com pulmoes alveolares (ausencia de barnquias), arcas baranquias presentes apenas durante o desenvolvimento;§ Coracao incompletamento dividido em quatro cameras, excepto nos corcodylias;§ Doze pares de nervos cranianos; lobos opticos nos lados dorsais do cerebro;§ Rins do tipo metanéfrico, e principal produto de excrecao nitrogenada é o acido úrico;§ Sexos separados e fecundacao interna;§ Producao de ovos revestidos de casca calcárea ou córnea, com saco vitelino e mais tres membranas extra-embrionárias: amnion, alantóide e córion. Desenvolvimento directo. (http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/biologia/MARIACELIAPORTELLA/13a-aula--reptilia---parte-1.pdf)§ Regulacao da temperatura segundo o padrao ectotermico ou seja, são incapazes de gerar seu próprio calor corporal e assim dependem de fontes externas de energia para regular sua temperatura corporal. Isto significa basicamente que esses animais obtêm seu calor de seus ambientes e não de seus alimentos; regulacao comportamental em algumas especies; (http://www.conhecer.org.br/download/repteis/Anatomia%20dos%20repteis.pdf)1.3.Classificação dos RépteisSegundo ORR, Robert, os répteis são classificados em seis subclasses:§ Subclasse Anapsida;§ Subclasse Synaptosauria;§ Subclasse Ichthyopterygia;§ Subclasse lepsidosauria;§ Subclasse Archosauria; e
§ Subclasse Synapsida. (ORR, Robert T.)
Répteis sem orifícios temporais no crânio; quadrado
imóvel; duas ordens:
ORDEM COTYLOSAURIA (Cotilossauros), répteis do tronco
antigo; crânio sem focinho alongado; um forâmen parietal presente; dentes
situados na borda das maxilares e plano palato; Carbonífero a Triássico. (Ibid)
ORDEM CHELONIA (Tartaruga, Cágado e Jabutis), repteis terrestres,
marinhos e de agua doce, cujos corpos são envolvidos por duas conchas ósseas,
uma carapaça dorsal e um plastrão ventral, que estão ligados lateralmente;
dentes ausentes; mandíbulas desenvolvidos, assumindo a forma de um bico córneo;
língua não extensível; pálpebras presentes; pescoço geralmente, retráctil e com
oito vértebras cervicais; membros basicamente pentadáctilos; permiano a recente
e encontram-se nas regiões tropicais e temperadas. (Apud)
Sistemática Cágado
(Kamba)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Repitilia
Ordem: Chelonia
Família:Testudines
Género: Pelusios
Espécie: Pelusios
sinuatus
a)
Comportamento Biológico dos Cágados
Hábitos diurnos. Nas zonas mais frias entra em hibernação
e, nas zonas mais quentes, permanece activo todo o ano. No entanto, nos meses
mais quentes, pode estivar enterrando-se
no fundo da massa de água onde habita. (http://www.charcoscomvida.org/biodiversidade/fauna/repteis/cagado-comum)
§ Comportamento
Alimentar
O cágado-comum tem uma dieta diversificada podendo
alimentar-se de algas, plantas aquáticas, invertebrados, anfíbios (larvas e
adultos) e peixes. Cumpre uma importante função na cadeia trófica, já que
constitui alimento para diversos animais, como a lontra, javali, raposa e
outros carnívoros, bem como para aves como garças, cegonhas e rapinas. (Ibid)
§ Comportamento
Reprodutivo
A cópula ocorre geralmente dentro em água, podendo por
vezes ocorrer em terra. Inicia a época reprodutiva no final da Primavera e por
vezes no Outono, sendo que a postura ocorre habitualmente em Junho e Julho. São
enterrados 1 a 10 ovos num buraco com 15cm de profundidade escavado em terra
pela fêmea. A maturidade sexual é atingida pelos machos aos 4 anos de idade
(85-95mm de comprimento) e as fêmeas, mais tardiamente, entre os 6-7 anos. (http://www.charcoscomvida.org/biodiversidade/fauna/repteis/cagado-comum).
1.3.2.Características
da subclasse Synaptosauria
Repteis extintos, com crânio do tipo parápsido; os
elementos pós-orbitais e escamosais se encontram abaixo da abertura temporal;
forâmen parietal presente; quadrado fundido com o crânio; permiano ao cretáceo
apresenta duas ordens:
ORDEM PROTOSAURIA (protossauros), répteis pequenos em
forma de lagartos; crânio alto e relativamente estreito; vértebras geralmente
anficélicas, com os centros cervicais um pouco alongados as vezes; permiano e
triássico. (ORR, Robert T.)
ORDEM SAUROPTERYGIA (Sauropterígios, grandes repteis anfíbios ou marinhos;
crânio baixo e largo; narinas situadas em posição posterior; vértebras,
geralmente, anficélicas; costela do tronco com uma única cabeça; membros e
cinturas modificados para a vida aquática; triásico a Cretáceo. (Ibid)
1.3.3.Características
da subclasse Ichthyopterygia
Repteis marinhos extintos, com corpo em forma de
golfinho; crânio do tipo parápsido; os elementos pós-orbitais e esquamosais não
se limitam com fossas supratemporal; rostro do crânio muito alongado; narinas
em posição posterior; olhos grandes e circundados por ossos escleróticos bem
desenvolvidos; membros peitorais e pélvicos modificados em remos, com a forma
de nadadeira; uma nadadeira dorsal, não sustentada por esqueleto; vértebras
caudais, estendendo-se para dentro do lobo ventral da nadadeira caudal
vertical; Triássico e Cretáceo, apresenta uma única ordem:
ORDEM ICHTHYOSAURIA (Ictiossauros). (Apud)
1.3.4.Características
da subclasse Lepidosauria
Repteis diapsidos ou derivados dos diápsidos; que não
possuem especializacoes bípedes; permiano a recente com três ordens:
OREDEM EOSUCHIA (Eossúquios), lepidossauros primitivos,
extintos, com crânio do tipo diápsido; dentes tecodontes, pleurodontes ou
acrodontes; membros delgados e semelhantes aos dos lagartos; permiano a Eoceno.
(ORR, Robert T.)
ORDEM RHYNCHOCEPHALIA, lepidossauros semelhantes a
lagartos, primitivos, com duas aberturas temporais; dentes acrodontes;
pré-maxilares em forma de bico; palato primitivo; um olho pineal presente;
vértebras anficélicas; Triássico a recente. (ORR, Robert T.)
ORDEM SQUAMATA (lagartos e serpentes), repteis marinhos e
de água doce, terrestre, fossoriais, arborícolas com crânio do tipo diápsido
modificado; ausência da barra óssea inferior da abertura infratemporal; dentes
presentes; corpo coberto por escamas epidérmicas, que, as vezes revestem os
osteodermos; pares de órgãos copulatórios; Jurássico a recente. (ORR, Robert
T.).
Sistemática de
lagarto-pitado (Nkolovonduo)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Lacertidae
Género: Nucras
Espécie: Nucras
sp (https://pt.wikipedia.org/wiki/Nucras)
Sistemática Lagartixa
de Sundevall (Nkolovonduo)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Scincidae
Género: Lygosoma
Espécie:
Lygosoma sundevalli (https://pt.wikipedia.org/wiki/Euprepis)
Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Género: Hemidactylus
Espécie: H.
pltcfls (https://pt.m.wikipedia.org/.../lagartixa-...)
Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Género: Hemidactylus
Espécie: Hemidactylus mabouia (https://pt.m.wikipedia.org/.../lagartixa-...)
Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Género: Hemidactylus
Espécie: Hemidactylus
platycephalus (pt.m.wikipedia.org./wiki/Hemidactylus…)
Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Género: Lygodactilus
Espécie: Lygodactilus
capens (https://pt.m.wikipedia.org/.../lagartixa-...)
Sistemática de
Camaleão-de-pescoço-achatado (Nyakatendewa)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Chamaeleonidae
Género: Chamaeleo
Espécie: Chamaeleo dilepis
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Camale%C3%A3o)
a)
Comportamento Biológico dos Lagartos
§ Comportamento
Adaptativo
A maioria dos lagartos é activa durante o dia e repousa à
noite. As lagartixas, porém, geralmente são activas do anoitecer até o raiar do
dia. Os diferentes tipos de lagarto se locomovem de maneiras diversas. A
maioria corre sobre quatro pernas, mas alguns correm mais velozmente sobre as
patas traseiras, levantando a parte da frente do corpo. Os lagartos sem pernas
se locomovem do mesmo modo que as serpentes. (http://escola.britannica.com.br/article/481760/lagarto)
§ Comportamento
Comunicativo
Muitos lagartos conseguem mudar sua coloração escura e
discreta por uma cor mais viva e forte. Fazem isso quando tentam atrair um
lagarto do sexo oposto ou assustar outro animal. Para alguns deles, a mudança
de cor é um meio de comunicar-se com outros lagartos. A temperatura e a luz
também afectam as mudanças de cor. (http://escola.britannica.com.br/article/481760/lagarto)
§ Comportamento
Alimentar
Os lagartos passam boa parte do tempo procurando
alimento. A maioria deles se alimenta de insectos, mas alguns comem sementes e
plantas. Os lagartos podem escavar a terra em busca de alimento, mas também
podem aguardar sua presa se aproximar e então avançar de repente para
agarrá-la. (http://escola.britannica.com.br/article/481760/lagarto)
§ Comportamento de
Fuga
A maioria dos lagartos foge de seus inimigos, mas às
vezes é impossível evitá-los. Quando precisa enfrentar uma ameaça, o lagarto se
infla de ar e fica erecto. Isso o faz parecer maior e mais assustador. Muitos
lagartos usam a cauda para escapar de seus inimigos. Ela se desprende do corpo
quando é tocada e fica se retorcendo no chão. A cauda em movimento distrai a
atenção do inimigo e, enquanto isso, o lagarto escapa. Geralmente uma cauda
nova se desenvolve no lugar da que caiu. (http://escola.britannica.com.br/article/481760/lagarto)
§ Comportamento
Reprodutivo
A maioria dos lagartos
se reproduz botando ovos. As fêmeas de quase todas as espécies botam vários
ovos de uma vez, mas as de alguns tipos põem apenas um ou dois ovos. A casca
deles é resistente, lembrando couro. Os lagartos costumam enterrá-los ou
escondê-los debaixo de folhas. Em algumas espécies, as fêmeas ficam vigiando os
ovos até eles eclodirem, mas a maioria dos lagartos abandona-os depois de
botá-los. Poucos tipos de lagartos não botam ovos; nessas espécies, o ovo se
desenvolve dentro da mãe, que dá à luz o filhote.(http://escola.britannica.com.br/article/481760/lagarto)
Serpentes
Sistemática Cobra-cega
do Transval (Hiridjana)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Leptotyphlopidae
Género: Leptotyphlops
Espécie: Leptotyphlops
sp. (http://www.herpetofauna.com.br/SnakeFood.htm)
Sistemática Cobra-anã-da-areia
(Ndala)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Lamprophiidae
Género: Psammophis
Espécie: Psammophis
angolensis (https://pt.wikipedia.org/wiki/Serpente)
Sistemática Cobra-cega
de Zambeze
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Typhlopidae
Género: Rhinotyphlops
Espécie: Rhinotyphlops
mucruso
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Atractaspididae
Género: Atractaspis
Espécie: Atractaspis
bibronii (https://pt.wikipedia.org/wiki/Atractaspididae)
Sistemática Víbora-comum
(Shipiri)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Viperidae
Género: Bitis
Espécie: Bitis
arietan (https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADbora-%C3%A1spide)
Sistemática de
Cobra-de-lábios-vermelhos (Sangulamakwakwa)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Colubridae
Género: Crotaphopeltis
Espécie: Crotaphopeltis
hotamoboia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Colubridae)
Sistemática Mamba-verde
(Namathamba)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Elapidae
Género: Dendroaspis
Espécie: Dendroaspis
angusticeps (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mamba)
Sistemática de
Cobra-do-mato-variegada (Mbobo)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Famílias: Viperidae
Género: Philothamnus
Espécie: Philothamnus
semivariegatus (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jararaca-verde)
a)
Comportamento Biológico das Serpentes
§ Comportamento
Alimentar
Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos
animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insectos. Algumas
cobras têm peçonha para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam
as suas presas por constrição. As cobras não mastigam quando comem, elas
possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente
ligadas. Isso se dá graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de
encaixe, que quando necessário desarticula sua mandíbula para se adaptar ao
tamanho de sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as
suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio,
permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela
tenha um diâmetro maior que a própria cobra.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Serpente)
As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto
decorre o processo da digestão. A digestão é uma actividade intensa e,
especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica
envolvida é tal que na Crotalus durissus,
a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da
temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de
recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da
ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente
eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pelo e as garras, que são
expelidos junto com o excesso de ácido úrico. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Serpente)
§ Comportamento
Social
As serpentes não são animais para ficar brincando,
pegando no colo e acariciando. De personalidade fria, elas não obedecem, não
demonstram carinho ao seu dono e não são companheiras. Agem simplesmente por
instinto. Depois de certo tempo há um respeito pelo dono por saber que é através dele que elas são alimentadas. (http://www.lateshow.com.br/enciclopedia/esp_repteis/repteis_enciclopediaserpentes.htm)
Têm hábitos nocturnos e terrestres, esconde-se em tocas e
troncos ocos. Os filhotes têm uma dieta ampla e para capturar diferentes presas
dispõem de uma armadilha eficiente: abanam a ponta da cauda que, como se fosse
uma isca, acaba atraindo anfíbios e lagartos que
rapidamente sao mortos. (https://books.google.co.mz/books?id=M0xlDAAAQBAJ
-)
§ Comportamento
Reprodutivo
A reprodução das serpentes pode ser basicamente dividida
em dois tipos: as que botam ovos, denominadas ovíparas; e aquelas que parem os
filhotes já completamente formados, as vivíparas. Nos dois casos, as fêmeas
antes do período reprodutivo, armazena gordura e, quando entram no período de
reprodução, transformam a gordura em vitelo que será depositado nos folículos
ovarianos. Após a cópula as serpentes fêmeas têm a capacidade de armazenar os espermatozóides,
controlando o momento da fecundação (Halpert et al., 1982). Portanto apesar de
termos certeza do momento da cópula, não conseguimos definir o momento da
fecundação. Após o nascimento (vivíparas ou ovíparas), os filhotes possuem em
seu interior reservas de vitelo que podem durar alguns dias ou semanas. No
período reprodutivo, machos de algumas espécies realizam uma disputa pela
fêmea. Estes combates tendem a ser ritualizados, não causando ferimentos nos
oponentes, mas em alguns casos, podem ocorrer mordidas ou picadas. (www.cfbio.gov.br/admin/_lib/file/.../Capitulo_anfibios_serpentes_em_cativeiro.doc)
1.3.5.Características
da subclasse Archosauria (Arcossauros)
Repteis dominantes no Mesozóico, que desenvolvem especializações
para locomoção bípede; crânio diápsido, excepto em alguns casos, nos quais a
abertura supratemporal se fechou secundariamente; forâmen parietal geralmente
inexistente; triássico a recente, apresenta cinco ordens:
ORDEM THECODONTIA (Tecodontes) Arcossaurios carnívora
primitiva extinta ao longo e delgados crânios; vacuidades ante-orbitais e
palatinas presentes; dentes tecodontes; dentes palatinos ausentes; membros
posteriores maiores que os anteriores, indicando tendência ao andar bípede;
triássico. (ORR, Robert T.)
ORDEM CROCODILIA (Crocodilianos), grandes arcossauros do
Triássicos; crânio alongado; narinas terminais; palato secundário presente;
dentes tecodontes; locomoção quadrúpede; dedos com membranas; púbis excluída do
acetábulo; cauda comprimida lateralmente, triássico a recente. (Ibid)
Sistemática Crocodilo
do Nilo (Ngóna)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Família: Crocodylidae
Género: Crocodylus
Espécie: Crocodylus
niloticus (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo)
a) Comportamento Biologico dos Crocodilos
§
Comportamento Adaptativo
O crocodilo-persa é adaptado à vida terrestre,
assim como seu primo o crocodilo-cubano, só que bem mais do que a maioria dos
crocodilianos, sendo ecologicamente mais semelhante ao crocodilo do nilo. Tem
grande mobilidade terrestre, podem migrar distâncias consideráveis em busca de
um ambiente melhor. Podem perseguir presas por terra em curtas distâncias e são
conhecidos por cavar tocas para utilizar como abrigo em tempos de seca. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-persa)
§
Comportamento Alimentar
Os crocodilos jovens se alimentam de invertebrados,
de anfíbios, de répteis, de peixes e de outros pequenos vertebrados. Os adultos
são ferozes predadores e se alimentam de peixes, de tartarugas, de aves
aquáticas, de antílopes, de zebras, de grandes animais domésticos e de homens.
Os dentes, implantados em alvéolos, são utilizados para destruir as presas. Eles
agem principalmente à noite. Durante o dia, descansam nas margens ou em bancos
de areia,
mantendo a boca aberta nas horas de maior calor.(http://www.ninha.bio.br/biologia/crocodylidae.html)
§
Comportamento Reprodutivo
Alguns crocodilos formam agregações ao longo das
margens de rios ou lagos durante a estação reprodutiva, em que muitas fêmeas
permanecem no território do maior macho. Machos de outras espécies podem
defender determinado território durante o ano inteiro. Outras espécies inda
podem defender grandes territórios confiando em sinais acústicos para
manter os concorrentes à distância e atrair a atenção das fêmeas. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-do-nilo)
Para os machos, o início da maturidade sexual ocorre
quando eles estão com cerca de 3 metros de comprimento, enquanto para as
fêmeas, ocorre quando elas atingem de 2 a 2,5 metros de comprimento. Isto leva
cerca de 10 anos para ambos os sexos, em condições normais. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-do-nilo)
Durante a época de acasalamento ocorrem violentas lutas
entre os machos por posse territórios para atrair as fêmeas; os machos atraem
as fêmeas emitindo sons graves característicos, batendo seus focinhos na água,
soprando-a de seus narizes, e fazendo uma série de outros ruídos. Os machos
maiores de uma população tendem a ser mais bem sucedidos. Uma vez que uma fêmea
foi atraída, o par gorjeia e esfrega a parte inferior de suas mandíbulas
juntas. As fêmeas colocam seus ovos cerca de dois meses após o acasalamento. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-do-nilo)
A nidificação é em Novembro ou Dezembro, que é a estação
seca no norte da África, e a estação chuvosa no sul. Locais de nidificação
preferidos são praias arenosas, leitos secos ou margens de rios. A fêmea então
cava um buraco a poucos metros do banco de areia, com até 2 m de profundidade,
e põe entre 25 e 50 ovos. Várias fêmeas podem fazer ninhos juntos. Os ovos se
assemelham a ovos de galinha, mas têm uma casca muito mais fina. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-do-nilo)
ORDEM PTEROSAURIA (repteis voadores), repteis diápsidos
extintos com especializações para a vida aérea; ossos leves e pneumáticos;
aberturas ante-orbitais presentes; orbitas grandes; dentes tecodontes bem
desenvolvidos; membros anteriores adaptados para o voo com grande alongamento
do quarto dedo para formar uma asa coberta por uma membrana de pele; cauda
alongada; jurássico a cretáceo. (ORR, Robert T)
ORDEM SAURISCHIA (dinossauros semelhantes a repteis),
repteis diápsidos extintos, primariamente adaptados ao modo bípede de vida;
dentes geralmente presentes em toda a extensão das duas maxilas; membros
anteriores geralmente reduzidos em tamanho; pelve trirradiado; Triássico a
cretáceo. (Ibid)
ORDEM ORNITHISCHIA (Dinossauros semelhantes a aves),
repteis diápsido extintos, na maior parte, quadrúpedes, dentes faltando ou
ausentes na região anterior das maxilas; membros anteriores não muito reduzidos
em tamanho; pelve tetrarradiado por causa de um púbis com duas pontas; Triássico
e cretáceo. (Apud)
1.3.6.Características
da subclasse Synapsida (repteis semenhantes a mamíferos)
Repteis extintos que possuíam uma abertura temporal
lateral única; crânio razoavelmente grande e não achatado; um forâmen parietal,
geralmente, presente; carbonífero ao princípio do Jurássico, com duas ordens:
ORDEM PELYCOSAURIA (Pelicossauros), repteis sinápsidos
primitivos; narinas laterais e amplamente separados; supratemporal presente;
sem palato secundário; Carbonífero ao Permiano. (ORR, Robert T)
ORDEM THERAPSIDA (Terápsidos), repteis sinápsidos
evoluídos; narinas dorsais e próximas à ponta do focinho; supratemporal
ausente; palato secundário presente em formas superiores; permiano ao princípio
do Jurássico. (ORR, Robert T)
1.4.Morfologia
dos Repteis
§ Sistema Esqueleto
A ossificação dos répteis é maior do que a dos anfíbios.
Durante a evolução ocorreu variação considerável na região temporal dos
répteis. Os répteis do tronco primitivos não possuíam nenhuma abertura temporal
especial no crânio. A condição sólida do crânio sem abertura, é chamada de
estrutura do tipo anápsido. Entre os répteis, só as tartarugas apresentam essas
características. Os plesiossauros e seus parentes desenvolveram o crânio do
tipo euriapsida. (ORR, Robert T)
§ Sistema Muscular
Pelo maior desenvolvimento das costelas e pelos tipos de
locomoção mais desenvolvidos, os músculos axiais, ou do tronco dos répteis
começaram apresentar características complexas encontradas nos mamíferos. Nos
peixes esses músculos servem para movimentos laterais do corpo. A maioria dos
répteis é capaz de realizar movimentos maiores da coluna vertebral, o que
resulta da especialização de alguns dos músculos do tronco. A musculatura
ventral do tronco dos répteis, além dos músculos reto-abdminal, oblíquo
externo, oblíquo interno e camadas transverso, encontrados nos anfíbios, é
subdividido por camada intercostal, que une as costelas. Na musculatura dos
membros dos répteis apresenta uma grande variação, dependendo empregada do tipo
de locomoção, que por sua vez, é mais desenvolvida nas espécies de lagartos que
correm e trepam velozmente. (ORR, Robert T)
§ Pele dos répteis
Os
répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As
células mais superficiais da epiderme são ricas em queratina, o que protege o
animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em ambientes
terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés,
crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis). (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php)
§ Escamas
epidérmicas
São notáveis nos lagartos e serpentes. Estão
continuamente produzidas pela camada permanentemente em crescimento da
epiderme, conhecida como o stratum
germinativum e, geralmente, são dobrados de forma que se sobrepõem umas das
outras. Quando crescidas, separam-se do stratum
germinativum e aparecem como estruturas cornificadas sem vida. As serpentes
e lagartos trocam a sua escama; este processo denomina-se de ecdise. Antes que
ocorra a ecdise, as novas escamas que substituirão as velhas, são formadas e
depois ocorre o processo. (ORR, Robert T)
As escamas epidérmicas dos répteis são dispostas em
padrões bem definidas e apresentam uma considerável diversidade de forma e
estrutura nos diferentes grupos. Nas serpentes e nos lagartos, as escamas do
corpo podem ser dispostas em fileiras longitudinais, diagonais e transversais.
As escamas da cabeça diferem das escamas do corpo e são denominadas, de acordo
com a sua localização. As escamas diferem-se de tamanho, forma, numero, que por
sua vez são importante característica para classificação. (ORR, Robert T)
As escamas das serpentes, geralmente são ciclóides ou
quadrangulares e podem ter, ou não, uma crista ou carena, as escamas de
lagartos, geralmente, podem ser classificadas como granulares, ciclóides,
quadrangulares ou mucronadas. A presença dos escudos na face inferior do corpo,
geralmente, é tida como uma característica que distingue serpentes dos
lagartos. Há algumas espécies de serpentes, contudo, como certas cobras de
hábitos fossarias, que não possuem escudos ventrais. As grandes placas dérmicas
da carapaça e do plastrão de tartarugas apresentam um padrão de disposição bem
definido. (ORR, Robert T)
§ Escamas dérmicas
As escamas dérmicas são mais desenvolvidas nas
tartarugas, em que formam a carapaça e o plastrão ósseos, que se unem por uma
ponte, de cada lado do corpo. Internamente, parte do esqueleto, inclusive as
vértebras torácicas, lombares e sacras, bem como as costelas, estão fundidas
com a carapaça nesses répteis. Os crocodilos possuem algumas placas ósseas, ou
osteodérmicas, sob algumas escamas epidérmicas do corpo, e pequenas escamas
dérmicas subjazem as escamas mais externas de alguns lagartos, notadamente, nos
lagartos cincideos e alguns outros lagartos. São inexistentes nas serpentes.
(ORR, Robert T.)
1.5.Fisiologia
dos Répteis
§ Temperatura corporal
Os
répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a
temperatura do
corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php)
§ Sistema Circulatorio
A
circulação sanguínea é completa nos crocodilianos e incompleta nos outros
répteis. Mesmo nos crocodilianos que possuem os ventrículos separados, o sangue
oxigenado se mistura ao sangue venoso no corpo dos répteis. (http://www.estudopratico.com.br/repteis-caracteristicas-habitat-e-anatomia/)
O maior desenvolvimento do sistema circulatório dos répteis,
em relação ao dos anfíbios, está relacionado com a eliminação de brânquias
funcionais e com o desenvolvimento do tipo mais avançado de rim dos
vertebrados, conhecido como metanefro. (ORR, Robert T.)
O átrio do coração sempre é completamente separado em uma
câmara direita e uma esquerda e o seio venoso está incorporado à parede do
átrio direito. O ventrículo também parcialmente dividido por um septo, na
maioria dos repteis; nos aligátores e crocodilos, é completamente dividido em
duas câmaras. Isto significa que o sangue oxigenado vindo dos pulmões para o
lado esquerdo do coração, é essencialmente separado do sangue não oxigenado,
que retorna do corpo para o lado direito. Embora a separação dos dois tipos de
sangue dentro do coração seja completa nos crocodilianos e quase completa em
outros répteis, ocorre alguma mistura em outras partes do sistema circulatório.
Nos répteis o cone arterioso embrionário se divide em três vasos, em vez de
dois. Um deste transforma-se no tronco pulmonar, que leva o sangue do
ventrículo direito para os pulmões. Um segundo torna-se a base da aorta
sistémica principal, que transporta o sangue do ventrículo esquerdo para o
corpo, por meio do quarto arco aórtico direito. Um terceiro tronco vem do
ventrículo direito para o quarto arco aórtico esquerdo. No seu ponto de contacto
com a aorta sistémica do ventrículo esquerdo, mesmo nos crocodilianos, há uma
pequena abertura entre os dois vasos, conhecida de forâmen de panizza, onde
pode haver alguma mistura dos tipos de sangue. A maior parte do sangue do arco
aórtico esquerdo vai para as artérias celíaca e subclávia esquerdo, mas, mais
para trás, ainda existe uma pequena conexão, onde as duas aortas se unem para
formar uma única aorta dorsal, de maneira que ocorre a mistura de sangue
oxigenado e não oxigenado, mais uma vez. O principal progresso do sistema
venoso dos répteis, em relação aos anfíbios, envolve o maior desenvolvimento
das veias pulmonares e da veia pós-cava e a menor importância do sistema porta
renal, que leva o sangue proveniente da parte posterior do corpo para os rins.
(ORR, Robert T.)
§ Sistema Respiratório
A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são
mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que
aumentam a sua capacidade respiratória. Os pulmões fornecem aos répteis uma
quantidade suficiente de gás oxigénio, o que torna "dispensável" a
respiração por meio da pele, observada nos anfíbios. Aliás, com a grande
quantidade de queratina que apresenta, a pele torna-se praticamente impermeável,
o que impossibilita a aquisição de gás oxigênio. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php)
§ Sistema
Digestivo
Alguns répteis são herbívoros e outros carnívoros. Os
pequenos répteis carnívoros, por exemplo, muitos lagartos, alimentam-se,
particularmente de insectos e outros invertebrados, enquanto os carnívoros
maiores alimentam-se, especialmente, de outros vertebrados, desde os peixes ate
mamíferos. O sistema digestivo dos répteis, portanto adapta-se aos hábitos
alimentares das espécies envolvidas. Em geral os répteis não aquáticos têm as
glândulas orais mais desenvolvidas do que os anfíbios. Isto está associado a
necessidade de humedecer o alimento seco para reduzir a fricção durante a deglutição,
um problema com o qual os peixes e a maioria dos anfíbios não precisam lutar.
Estas glândulas orais incluem as glândulas palatinas, as labiais, as linguais e
as sublinguais. As glândulas venenosas dos répteis originam-se de algumas
destas glândulas orais. A língua dos lagartos e cobras, geralmente, é bastante
desenvolvida. Nos camaleões da África e Índia, é extensivo e é usada para
capturar os insectos. A ponta é escamosa e pegajosa, para promover a adesão da
presa. Nas serpentes, a ponta bifurcada serve como meio de transferência de
estímulos químicos do ambiente externo. Nas tartarugas e nos crocodilianos, a
língua não pode ser estendida. O esófago dos répteis é mais alongado do que o
dos peixes e anfíbios. O esófago e estômago são nitidamente distintos. O
estômago dos crocodilianos assemelha-se ao de uma ave por ter uma parte
semelhante a moela, envolvida por grossa camada de músculos. Nos répteis o
intestino delgado, geralmente, é mais enrolado do que nos anfíbios. Isto serve
para aumentar a superfície de absorção. O intestino grosso é recto e esvazia-se
na cloaca. (ORR, Robert T.)
§ Sistema
Urinário
Os rins pareados das serpentes estão localizados
dorsocaudalmente na região caudal da serpente, sendo o rim direito mais cranial
do que o esquerdo. Possuem uma coloração amarronzada, são alongados, com cerca
de 25-30 lobos, e ocupam uma área de 10 a 15% do comprimento total da serpente.
(O’MALLEY, 2005; HINAREJOS et al., 2006; KOLESNIKOVAS et al., 2006; MADER,
2006).
Os ureteres são estruturas alongadas, sendo o ureter
direito mais comprido do que o esquerdo, e ambos adentram o urodeu na cloaca
dorsalmente, sendo distintos tanto dos vasos deferentes quanto do oviduto. Em
algumas espécies os ureteres podem dilatar-se levemente na porção distal para
formar um pequeno reservatório. Não existe vesícula urinária (bexiga) nesses
animais (O’MALLEY, 2005; HINAREJOS et al., 2006; KOLESNIKOVAS et al., 2006;
MADER, 2006).
As serpentes machos possuem um segmento sexual renal
presente na região distal do néfron e nos ductos colectores, que produz uma
secreção rica em proteína e lipídios, contribuindo para o fluido seminal e
sendo utilizada como um tampão copulatório. Este tampão obstrui a parte
terminal do oviduto da fêmea por 2-4 dias após a copulação (O’MALLEY, 2005;
HINAREJOS et al., 2006; DEVOE, 2010).
§ Sistema
Reprodutivo
O sistema reprodutor dos répteis foi um importante factor
de adaptação desses animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a
fecundação interna: o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea. A
maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses
ovos têm casca rígida e consistente como couro. Os ovos se
desenvolvem em ambiente de baixa humidade. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php)
A fecundação interna e os ovos com casca representam um
marco na evolução dos vertebrados, pois impediram a morte dos gâmetas e
embriões por desidratação. Assim, em ralação a reprodução, os répteis
tornaram-se independentes da água. A tartaruga marinha e muitos outros répteis
aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam
cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php)
O ovo é rico em vitelo - substância que nutre o embrião -
e é capaz de reter a humidade. Na casca há poros, pequenos orifícios que
permitem a entrada de oxigénio do ar e a saída de gás carbónico, ou seja, a
troca de gases. Isso ajuda a manter o embrião vivo. A maioria dos répteis não
precisa cuidar dos seus ovos e filhotes. Os filhotes quando "prontos"
saem da casca usando seus próprios recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o
crocodilo têm muito cuidado com os ovos e os filhotes. A fêmea põe os ovos no
ninho e fica por perto até o nascimento dos filhotes, que são carregados na
boca até a água, onde ficam com a mãe. Alguns chegam a permanecer com a mãe por
mais de três anos. (Ibid)
Existem também os répteis em cujos ovos, já na ocasião da
postura, há filhotes formados. Os ovos ficam retidos com o embrião em um canal
no corpo da fêmea, enquanto se desenvolvem, como ocorre em algumas cobras.
Quando os ovos saem do corpo da fêmea, os filhotes dentro deles já se encontram
formados. A casca desses ovos é bem fina, como uma membrana, permitindo a saída
dos filhotes logo após a postura. Esses animais são classificados como
ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já
"prontos", sem terem se desenvolvido em ovos, como certas espécies de
lagartos. (Apud)
§ Sistema Nervoso
O cerebelo dos répteis é relativamente maior do que o dos
anfíbios. Todavia, não atinge o tamanho do cerebelo de alguns peixes, como o
dos tubarões, nem se aproxima do tamanho do cerebelo das aves ou dos mamíferos.
Novamente, isto parece estar relacionado com a capacidade locomotora
relativamente limitada da maioria dos répteis pela primeira vez nos
vertebrados, observa-se 12 nervos cranianos. (ORR, Robert T.)
§ Órgãos de Sentidos
Na maioria dos repteis, os corpúsculos gustativos
restringem-se, em grande parte, à regia faríngea. Dentro de cada via nasal, que
é alongada nos répteis superiores por causa do desenvolvimento do palato
secundário, há uma concha, ou corneto, que serve para aumentar a superfície do
epitélio olfactivo. O órgão de jacobson alcança seu ponto mais alto de
desenvolvimento nas serpentes e nos lagartos e é ligado ao teto da boca e não
ao canal nasal. (ORR, Robert T.)
A acomodação, nos repteis e na maioria dos outros
amniotas, contudo, é efectuada não pelo movimento do cristalino, mas sim pela
mudança de sua forma. Pode ser achatado para a visão à distância ou arredondado
para a visão de perto, através da acção dos músculos do corpo ciliar. (ORR,
Robert T.)
Certas espécies de lagartos diurnos e tartarugas sobre a
visão demonstraram que a maioria pode diferenciar exactamente o amarelo,
vermelho, azul e verde de vários tons de cinza. Nas espécies, em que a
percepção de cor é reduzida, são, principalmente, os comprimentos de onda
maiores que são reconhecidos. (ORR, Robert T.)
As pálpebras estão presentes em muitos répteis e,
geralmente, são mais móveis do que as dos anfíbios. Contudo, nas serpentes e em
alguns lagartos cavadores não existem pálpebras móveis e o olho, capaz de se
mover por si, é coberto por pele transparente e imóvel. Muitos répteis possuem
uma terceira pálpebra, chamada membrana
nictitante, que se situa sob as pálpebras superior e inferior e recobre o
olho, movendo-se para trás e para fora da margem anterior ou mediana da
abertura do olho. (ORR, Robert T.)
Há uma considerável variação na estrutura do ouvido dos répteis.
A lagena é mais alongada que nos anfíbios e nos crocodilianos forma realmente
um ducto coclear, ligeiramente semelhante ao das aves. Nas serpentes, o
tímpano, o ouvido médio e a trompa de Eustáquio inexistente. As vibrações
recebidas pelas serpentes são transmitidas, por meio do quadrado, à columela e,
então, ao ouvido interno. Os lagartos possuem um ouvido médio bem desenvolvidos
e o tímpano aprofundou-se em uma depressão. As ondas sonoras devem passar
através de um canal curto, conhecido como meato
auditivo externo, a fim de alcançar o tímpano. Os órgãos da linha lateral
inexistem nos répteis e em outros amniotas. (ORR, Robert T.)
§ Glândulas
Endócrinas
As glândulas paratireóides, situam-se atrás da glândula
tireóde, que é única nos répteis adultos. As duas partes das glândulas adrenais
– os corpos inter-renais, homólogos aos córtex da supra-renal dos mamíferos,
juntam-se nos répteis. As outras glândulas dos répteis não diferem marcadamente
das encontradas na maioria dos outros vertebrados superiores. (ORR, Robert T.)
Exercícios
Trabalho de campo em Zoologia Sistemática, Biologia de Conservação, Biologia de Comportamento, Anatomia e Fisiologia Animal e Humana.
Visita de estudo na Albufeira de Cahora Bassa - Identificar os repteis existentes na região do labo Cahora Bassa, fazer a sistemática das espécies identificadas, descrever os aspectos relacionados a morfologia e anatomia, fisiologia e biologia de comportamento.
2.Referencia
Bibliografia
ORR, Robert T. Biologia
dos vertebrados. 5a ed. São Paulo. ROCA. s/ano.
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